Entendendo e adorando o Roça-roça....

Bem, acho que nossas mães nem imaginam, mas desde pequenas já nos incentivam a sermos lésbicas! - Juro, não acreditam? Acham que estou ficando louca? Então vamos lá.

Quem nunca ouviu - Menina brinca com menina! - e - Olha estas brincadeiras com meninos, heim? - Ou mesmo - Olha seus primos vão chegar e não quero você pra lá e pra cá com eles, é melhor brincar com a vizinha! Aqui eu lhe pergunto: Tô errada? Nossas mães não fazem a menor ideia disso e “POR FAVOR”, não contem nada afinal é deste ponto que vamos saber e nos descobrir, ou não? (risos)

Enfim, eu sempre fui a lésbica patricinha. Sempre andei de saia curta, bota cano longo imitando a Xuxa, namorava um monte de meninos, mas não perdia a oportunidade de PIMBA na coleguinha! Tinha aquelas que brincavam uma vez e no outro dia nem queriam olhar na minha cara, tinha outras que acabava o roça-roça e nem parecia que tinha acontecido nada detalhe: “eu era assim". Mas sempre tinha a tiraninha ciumenta! Puts! O brinquedinho só pertencia a ela, era um saco!.

Eu gostava dos meninos! - E como gostava! Adorava brincar de gude com os meninos – Eu sempre ganhava. Mas eles não me preenchiam, ate mesmo nas brincadeiras mais picantes era no final uma tragédia, porque no outro dia todos na escola ficavam sabendo. E as amiguinhas, elas não contavam nada, era só entre agente. Lembro que uma vez, chegou à cidade uma garota que vou chama-la de Suzi... Suzi era a perfeição em pessoa, todas nós gostávamos dela, ela chamava atenção, tinha os melhores brinquedos e as mais belas Barbie´s. Tinha um irmão que era um saco, ô menino insuportável...

Enfim, Suzi não gostava de brincar comigo e eu ficava só na perseguição aonde ela ia eu dava um jeitinho de estar por perto. Um belo dia fiquei sabendo que ela ia comemorar o seu aniversário, todas as crianças já tinham sido convidadas menos eu, então fui a casa de uma amiguinha mais "íntima" se é que vocês me entendem e depois de uma brincadeirinha soltei a deixa: - Florzinha, por que Suzi não me convidou para o niver dela? - Foi então que descobrir que uma das “crocodilas” que havia saído da minha lista de "brincadeiras" estava acabando com minha reputeixion! Ah rapa, fiquei nos tamancos! Fui em minha casa e quando cheguei tinha um presente em cima da mesa, como minha mãe era amiga da mãe dela, já tínhamos o convite e euzinha aqui não sabia.

Pula o dia todo! O frio na barriga que senti até a hora e já passando para festa...

Quando chegamos, fiz questão de eu mesma - Em pessoa e em gostosura! - ir entregar o presente, ela no canto e disse: - Suzi trouxe isto pra você, mas gostaria que você me levasse até seu quarto e abrisse, mas só eu e você! - Ela me olhou de cima a baixo e sem dizer uma palavra pegou pela minha mão e me levou para o quarto!

- PASMEM, porque isto me deixa sem fôlego até hoje GENTEM! – Parecíamos adultas e não garotas de treze para quatorze anos.

Ao entrar no quarto ela fechou a porta, jogou o presente em cima da cama, me puxou e “mandou vê fia” um beijo que até, como disse antes, hoje me deixa molhadinha... E bem, não preciso dizer que dai por diante eu virei a BARBIE favorita dela né!

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Não se intimide e solte o verbo!!! bjos

Cansei!!!

Depois continuo...bjoss... será q vou ter seguidore??? rsrsrs

Nasci fora do armário!

Quando eu tinha cinco anos “minha mami faz questão de lembrar até hoje isto” sempre fui pega brincando com minhas coleguinhas de Barbie e Suzi. O detalhe maior desta história era que as bonecas eram usadas para figurar os namorinhos entre nós pequeninas e inocentes. Mas enfim, uma destas tardes de brincadeira minha mãe me viu beijando na boca de minha colega e aquilo foi o fim! Eram meados dos anos 80 e isto repercutiu muito em minha casa, sendo filha única naquela época, me foram proibidas as "brincadeiras" a sós com qualquer criança da minha idade e nem em sonhos com uma maior. O que não adiantou muito porque fui crescendo e cada vez mais as minhas curiosidades iam aumentando.

Aos dez, eu já tinha um número razoável de amigas que me procuravam para as brincadeiras mais frequentes em minha casa: Médico, casinha, papai e mamãe, esconde-esconde... Humm essa era a minha preferida, sempre me escondia com uma amiga do tipo “favorita”. Este ano 1985 tive minha primeira paixão televisiva: Christiane Torloni, como Jô Penteado em A Gata Comeu... Nossa tinha sonhos com ela, ops! Corrigindo - ainda tenho sonhos com ela - numa versão mais original (risos) onde foi que parei mesmo? Ah tá meus 10 anos. E lá crescia eu em uma cidade pequena totalmente desinformada - Acreditem ate os meus 18 anos eu não sabia que existia a PALAVRA LÉSBICA, no interior o povo intitulavam os chulos: sapatão, roçona, coladora, isso quando não chamavam de rapariga mesmo...

Aff... Lembro que uma vez uma pessoa da alta pseudo sociedade foi pega na cama com a melhor amiga pela empregada, em menos de 24 horas toda a cidade ficou sabendo foi o ERROOO a coitada quis morrer e não parou por ai, menos de dois meses depois pegaram o marido dela com um cara, num rio próximo da cidade, então adivinhem????

Então resumo da ópera, eu podia ter cinco ou dez anos, ter maior idade ou não, e nem saber o nome dado pela sociedade de como são chamadas as mulheres que gostam de mulheres. O fato é que desde sempre eu sabia o que queria, embora mais tarde tenha me dividido, fato hoje solucionado. Por isso se você já teve estas experiências e hoje ainda continua dividida é sinal que você não quer enxergar o outro lado da FORÇA! Tipo assim...

Se não te faz mal, se te completa ser bissexual então vai em frente e seja feliz com sua escolha, mas se algo te incomoda quando está do lado ou na cama com um homem, meu bem, é hora de parar para pensar. De fato você pode ser lésbica. E se for seja bem vinda ao clube. Aceite a você mesma e a outras pessoas que estão ao seu redor.

Felicidade é nosso principal objetivo!

Inicio

Sem ter muito o que fazer durante a noite, dei inicio a uma longa caminhada, e espero poder ajudar muitas mulheres que como eu, deram uma guinada diferente em suas vidas.

Relatar fatos da vida pessoal a não se sabe quem, não é uma tarefa fácil e pelo que vejo e ouço falar muitas pessoas acabam perdendo a noção da realidade. Outras viram filme, como o caso da Sufistinha... ela se deu bem, pelo menos.

Eu não quero glórias e nem fama, quero desabafar, quero ajuda e ajudar... Por isso quem tiver o interesse de participar desta aventura, que embarque, pois vão haver muitas histórias engraçadas, tristes, picantes e reais.

bjos! LF