VIDA DE LÉSBICA – BLOGNOVELA
A GAROTA DO BANHEIRO - PARTE 1
No inicio!
16:00 – Trabalho – Celular toca
(eu) – Prossiga cambio (risos) e ai? Vamos ou não nos encontrar hoje? Você tá uma furona de primeira...
(Vi) – Pô Mali... Trabalhei a semana toda... Hoje é sexta-feira e eu não sei ainda... Más a probabilidade de eu não ir é quase nula... As 20:00 está bom?
(eu) - Bem devo sair daqui as 18:30, como vou andando devo chegar por volta das 19:30...te espero no primeiro bar... ok?
(Vi) – Não deve ser difícil de te achar... Beijos amiga.
< (eu) >>> (pensando) Decididamente este é ultimo dia que choro por você Cléo, não é possível que depois de 1 mês separadas você ainda consome minhas idéias...
Volto ao trabalho...
{um dia antes} em casa...
Marlene, minha vizinha sabe das coisas com a maior facilidade... Nem precisa sair de casa, talvez se ela fosse detetive não saberia com tanta frequência o que acontece ou o que está prestes a acontecer na rua que eu moro. E assim ela chegou faceira com aquele sorriso de canto de boca e um olhar crucificante em cima da pessoa aqui. Eu estava sentada na sala, vendo o jornal e a vi entrar com o bule de café e duas xícaras.
(Marlene) Meninaaaa... que babado é este q fiquei sabendo? A senhora ta se drogando ou despirocou de vez?
(eu) Já foram te falar é? – disse em tom de sarcasmo.
(Marlene) Me falar???? A rua toda ta comentando... você já tem até um novo apelido... kkkkkkkkkkkkkkk – gargalhada em tom sonoro, que quase estremeceu a casa - o pessoal está te chamando de mulher aranha... já pude ate imaginar nas paginas policiais, em destaque “sapatão bêbada” é presa depois de escalar o terceiro andar do prédio de sua vizinha, para se encontrar com sua pseudo-amada... sugestivo né?
Até eu naquele momento consegui imaginar a cena... aff... minha mãe iria me matar... e eu jamais teria coragem de olhar na cara das pessoas novamente.
(eu) Criatura, tu jura isto? Então todo mundo já sabe? Como foi que isto foi acontecer? Nossa eu tava tão alta que nem me lembro como consegui subir aquilo tudo! (a vergonha sempre dá amnésia alcoólica)
(Marlene) Monaa eu não acreditei quando me falaram... e Quando eu vi a altura ai foi que fiquei atônita... Não foste tu que me disse que morre de medo de altura? E venha cá, me conte logo... o q foi que Cléo fez... Aposto que ela te botou pra correr... Aquela criatura tem um gênio tão forte , ô menina desaforada ...vixe...
Enquanto Marlene assistia a TV e recordava os comentários da vizinhança, em minha cabeça passava a cena do dia anterior, tinha sido a ultima tentativa de resgatar o meu caso com Cléo, eu tinha ganhando 2 ingressos pra o show do Rappa que ela adorava... Mas quando a convidei ela me disse que já tinha um compromisso com a ex dela e que eu a esquecesse. Eu fiquei puta e sai dali com uma raiva que me sufocava tanto que antes de entrar no carro tive uma crise de vômitos... Mesmo assim sai cantando pneu. No Show conheci uma turma de Brasília e acabei esquecendo o que havia acontecido... Bebi e assumo que passei da conta e antes que o show terminasse resolvi voltar pra casa. Quando abri o portão e fui em direção a varanda vi um papel jogado próximo a porta que dizia o seguinte:
“Você não tem jeito mesmo, até quando vai bancar a insegura e não lutar por aquilo que você quer? Foi só eu dizer que iria encontrar com ela e você me deixa ir? Com certeza não foi esta pessoa que conheci. C.”
Quando terminei não pensei duas vezes cruzei a calçada, entrei no prédio dela, escalei as vsaranda do térreo, primeiro e segundo andar até chagar a varanda do apartamento dela. Como eu já sabia a porta estava aberta e lá estava ela deitada em um colchonete na sala, apenas de calcinha. Quando eu a vi não resistir, cheguei bem próximo a ela me abaixei e tentei acordar sem assustá-la. Ela me olhou aturdida, esfregou os olhos, deu uma olhada pela sala e finalmente falou.
(Cléo) Como foi que chegou até aqui?
(eu) Vim apenas pra te perguntar o que significa este bilhete? Por que este jogo todo? Dizer apenas que quero ficar com você, ter uma vida com você não é suficiente? Ate quando você vai agir assim?
(Cléo) Eu não consigo te entender Mali, quando eu penso que você vai tomar as rédeas da situação, dizer pra mim que eu sou sua e que não vai me deixar tomar tal atitude... Você simplesmente sai e me deixa praticamente falando sozinha e vai pra sua festa... O que você acha que eu sou?
(eu) Você é completamente louca e se é este tipo de relacionamento que você quer pra sua vida, cheio de joguinhos e de altos e baixos to saindo fora. Nada do que disser fará com que eu acredite que você algum dia gostou de mim. Acho que você precisa de um analista ou então rever este seu conceito de gostar! Hoje com certeza será a ultima conversa que teremos.
(Marlene) aloooooooooooooo!!! Terra para planeta das lésbicas desvairadas!!!
Neste momento acordei.
(eu) ai amiga tinha que acontecer isso... Cléo estava me deixando pirada e precisei chegar neste extremo pra saber que ela não é uma garota pra mim...
(Marlene) Filha isto vai passar, daqui a pouco chega sexta-feira, você vai colocar um beca bem linda, subir no seu salto e pronto! Esta menina não tem noção das coisas, com certeza ela não serve pra você. Bem, já ta tarde e o homem tá lá em cima, uma hora desta deve ta até roncando na cadeira... rsrsrsrs... Depois que a gente arranja o Ricardão estas porras acham ruim...
E ao falar foi se dirigindo pra porta de saída...
(eu) Má, não deixa este povo todo ficar falando de mim não, to super envergonhada!
(Marlene) Meninaa... Deixe de besteira, aqui todo mundo tem podres e já cometeram algumas merdas, fica na sua e se alguém te incomodar, vai lá em cima, daremos um jeito nisso rapidinho!
Voltando...
O escritório fechava as 18:00, mas alguns funcionários ficavam ate mais tarde pra resolver alguns pepinos ocorrido durante o dia, como eu havia trazido uma roupa diferente de casa fui ao vestuário para me trocar. Volta e meia eu encontrava com ela no banheiro, nem seu nome eu sabia, era alta, morena de cabelos longos e umas pernas torneadas que deixava qualquer um de queixo caído, a única coisa que eu sabia dela era que ela trabalhava no segundo andar e era chefe de algum departamento. Sempre nos encontrávamos na cozinha ou quando saíamos pra fumar... Um simples bom dia ou algumas amenidades do trabalho era a nossa conversa. Queria a oportunidade de conhecê-la melhor e ali estava tudo o que eu precisava só eu e ela no banheiro.
(eu) Olá dona moça, você por aqui há esta hora?
(ela) Pois é, estou esperando meu namorado que vem me buscar e preciso dá uma retocada na maquiagem.
Enquanto ela falava, eu estava de costa pra ela e via através do espelho que ela me olhava e eu só não sabia o por que?.
(eu) Interessante, a gente sempre se encontra e troca umas palavrinhas mas ainda não nos conhecemos formalmente, prazer meu nome é Mali e o seu?
Neste momento, eu estava apenas de calça e sutiã, me aproximei para beija-la e dei um leve beijo em sua face, notei que ela ficou sem graça com minha aproximação mesmo assim correspondeu.
(ela) O prazer é todo meu, Julia, trabalho no segundo andar na área de análise e você? Sei que faz parte do comitê de eventos não é mesmo?
(eu) Sim, isso mesmo Juli, espero ter a oportunidade de te vê mais vezes, quem sabe um almoço? Ficarei feliz se você aceitar.
(Julia) Claro sem problemas...
Aqui, (imagine esta cena) tive a impressão que ela deixou cair o batom de propósito, nos olhamos profundamente antes de nos abaixarmos para pegar o objeto caído próximo aos meus pés. Toquei levemente na mão dela e foi como se tivesse acendido um fósforo próximo a um galão de álcool, podia perder meu emprego ou ser acusada de assédio, mas não pensei duas vezes, vi que ela queria aquilo, sentir o corpo dela me chamar e quando dei por conta já estávamos nos beijando, um beijo doce, molhado cheio de sensualidade. Meti minha mão sob sua blusa fina e toquei seus seios macios e enrijecidos, enquanto isto ela desabotoava meu sutiã em uma fúria espantosa. Abri os olhos e vi que a porta do banheiro privado estava aberta e fui empurrando ela para aquele local. Depois que a acomodei na parede, fechei a porta e suspendi sua saia colocando sua perna em cima do vaso. Enquanto a beijava ouvia seus sussurros dizendo que aquilo não estava certo, mas não era o que eu sentia no seu corpo.
Acariciei sua boca com meu dedo, fiz um sinal de silencio pra ela e comecei a beijar seus seios, descendo lentamente por seu corpo tocando cada parte dele com força, quando alcancei sua calcinha vi que não tinha espaço para tira-la, pois eu tinha medo que se eu a trocasse de posição ela pudesse mudar de idéia. Então olhando pra cima e vendo os olhos dela fechado e sua boca se contorcendo para não expressar nenhum gemido rasguei as laterais de sua lingerie, vi então que ela nem havia percebido, ajoelhei entre sua pernas e comecei chupá-la delicadamente, enquanto sentia seu corpo se mover como em busca do orgasmos latente. Sentia suas mãos passear na minha cabeça, me puxando mais ainda pra dentro dela, minhas mãos subiam e desciam aquelas pernas como se eu já a conhecesse, sentindo toda aquela forma escultural. Foi quando ela soltou um gemido abafado e prazeroso e em minha cara desceu aquele gozo quente e doce. Se fez silêncio total.
Da salinha do banheiro, ouvimos um toc-toc na porta e uma voz que dizia:
(Voz) Dona Julia, a Senhora esta aqui?
Ainda trêmula ela respondeu...
(Julia) Sim Isabel estou. Aconteceu alguma coisa?
(Isabel) Não senhora, só o Sr. Augusto que pediu pra dizer que está aguardando a senhora lá embaixo.
(Julia) Desça lá então e avise que eu já estou indo, minha meia rasgou e estou tirando, ok?
(Isabel) Sim senhora. De lá já to indo embora, vejo a senhora amanhã, o povo todo já se foi só falta à senhora. Antônio tá na sala dos vigias, quando a senhora descer é só chamar. Boa noite
Em meio a aquela conversa, eu tentava mantê-la calma para que suas emoções, aterrorizadas com a visita inesperada, não transparecesse em sua voz. Quando a mulher saiu do banheiro, suas mãos trêmulas passearam em meu rosto e sua boca buscou a minha em um beijo desesperado, quando terminou olhou pra mim, fez um sinal de silêncio e sem nada dizer saiu.
Fiquei ali parada, enquanto ouvia seus passos apressados e o som do zíper da bolsa fechar e então o rangido da porta que se abria e ao mesmo tempo se fechava.
Continua....
SEREIA - PARTE 2
Depois de alguns minutos ou horas, eu não sabia definir, sai do banheiro e troquei de roupa, tinha a sensação de ter feito a coisa mais louca de minha vida. Muitas informações ao mesmo tempo iam e vinham na minha cabeça – a calça justa subiu sem muito esforço.
Lá fora outras coisas me esperavam, mas ali naquele banheiro o mundo parecia ter parado e eu ainda sentia o perfume dela no ar. Era a hora de dar continuidade a noite que havia começado com muitas emoções e prometia...
Com passos tranquilos desci a escada e me despedi do segurança da empresa, que me olhou com um ar desconfiado, más nada me disse. Segui pela rua andando e me dei conta que as minhas pernas doíam, então peguei um taxi em direção ao local combinado.
Vitória é o tipo de amiga que a gente só vê em duas ocasiões quando ela precisa – e na maioria das vezes está em crise na relação – ou no meu caso quando eu precisava – fosse pra colocar o papo em dia ou pra falar das minhas desilusões. Não temos aquela amizade cotidiana e mesmo com a distância, um simples telefonema é o suficiente para nos aproximar de tal forma que parece termos nos visto no café da manhã.
O local que havíamos combinado é um conhecido point da galera GLS, uma avenida com vários bares em frente à praia... De um lado bares cheios de pessoas circulando e do outro o calçadão com iluminação suficiente pra deixar qualquer um seguro, caso queira dar aquele mergulho depois da balada – é o que sempre acontece. Existe um em especial o Aquariun´s Bar, minhas amigas sempre estão por lá – tem uma decoração perfeita – você entra e tem a sensação que está no fundo do mar, muitas luzes azuis, um imenso aquário cheio de peixinhos lindos e uma lula gigante que passeia sobre o vidro - Nossa! Chega dá arrepios. Em frente há varias mesinhas com sofás em forma de conchas e todas as garçonetes usam o que eu chamo de uniforme do Bob Esponja... Pessoas de todas as tribos circulam por aqui, uma gata linda pode ser decepcionante quando perto demais você descobre que é um travestir, nada contra eles é claro, mas também nada ao nosso favor. Enfim... Esta noite não começou como qualquer noite e quando eu cheguei várias amigas vieram me cumprimentar – um oi dali, outra de lá e então avistei no cantinho do bar uma mesa que não era propriamente convencional – três mulheres e um homem de costas pra mim, riam em voz alta. Não pertenciam àquele local, pareciam peixes fora d´agua. Mas notei que ela havia me visto, quando eu me direcionei para o bar... Enquanto eu andava nossos olhares se cruzavam... Por duas vezes ela baixou a vista procurando ouvir o que seus amigos falavam, e o resto do tempo parecia me analisar.
(Debi) Maliiii, amigaaaa... Você está linda como sempre menina, e pelo visto sozinha... hum... O que é que está sereia faz sozinha aqui no meu bar?
(eu) Oi deliçiaaa ... Você é que está sempre linda... Uma diva... Pois é, marquei com Vitória aqui, ela deve está chegando a qualquer momento, e pelo visto o bar está cheio de sereias especiais, e algumas – disse apontando para a mesa que ela estava – parecem vim de outros mares, o que me diz?
(Debi) Meninaa, nem me fale, Fernanda já veio aqui duzentas vezes me dar àqueles beliscões sinistros, porque amigaaa... A sereia ali decididamente não é desta praia... Iemanjá estava fora, quando a menina saltou as ondas...
E rimos como duas crianças perversas... Debora e Fernanda eram as donas do Aquariun´s, e Debi tinha o carinho de chamar suas clientes e amigas de sereias.
(Debi) Amiga fica a vontade, você está em casa, vou pedi a Baby pra fazer seu drinque e por falar em Baby, vê se não some com a minha garçonete hoje sereia, porque como você já viu o bar promete lotar!
(eu) Eu amiga? Por quem me tomas? Não sumo com ela, é ela que some comigo... rsrsrs... Mas pode deixar, hoje tenho que conversar com a Vi, me parece que ela e Marisa não estão bem, além do mais a praia está repleta... E antes que eu me esqueça, aquela outra história definitivamente acabou e peço a vocês que esqueçam o assunto valeu?
(Debi) Se dependesse de mim, sereia, já tinha acabado há muito tempo... Vou lá.
Enquanto vi a Debi se afastar, sentei num dos banquinhos enfrente ao bar, peguei meu celular e liguei para Vi... A gravação de numero desligado foi o único atendimento naquele momento – logo vi que a noite dela tinha ido por água abaixo.
(Baby) Como de pequena você não tem nada – disse ela enquanto se posicionava entre minhas pernas - trouxe seu drinque minha grande sereia... rsrsrs... Você está muito sensual hoje, aliás, como sempre... Mas estes saltos me deixam loucaaa...
(eu) Mocinhaaa, pode parar... Sua chefa já me pediu para eu deixar você quieta hoje, a casa está lotada e você tem muito para fazer... Obrigada linda – fui falando enquanto passava a mão por sua cintura – hoje não vai dá!
(Baby) É uma pena bebê, tô louquinha pra repetir aquela ultima conferência na dispensa... Sentir você suadinha em cima do freezer, enquanto minha boca desliza por seu corpo...
(eu) Pode parar por aiiii... Hora de trabalhar ou não respondo por mim... rsrsrsrs
E Baby saiu rindo de sua própria malicia, ao mesmo tempo em que eu sentia está sendo fuzilada por três metralhadoras a minha direita. Não havia como disfarçar, elas estavam olhando a cena e quando me viram, entreolharam-se confusas pela indiscrição, as duas que pareciam ser casos logo tiraram as vista... Mas ela não... Continuou como se me dissesse – Se fizer novamente,,, - Uiii que medoo... rir sozinha tentando amenizar a situação.
A música começou e tornei a ligar para a Vi, e novamente ouvi: “este número encontra-se fora da área de cobertura ou temporariamente desligado”. – Que ódio!!
Sentei com um casal de amigos que estavam por ali, troquei umas e outras ideias, comentei sobre ela e como esperado... Por um tempo que pareceu uma eternidade – Levantei e disse: Amigos a hora chegou!!! - As vi indo em direção ao banheiro.
(eu) Boa noite meninas – fui chegando como se já as conhecessem.
(ela) Oi, boa... – falou como se me perguntasse... Será mesmo?
(eu) Vocês não são daqui, verdade? Sou Mali, além de cliente também sou amiga das proprietárias e vocês? (que furada falar isso)
(O casal) Das proprietárias e também das garçonetes pelo visto – Todas riram (eu confesso que fiquei azul, a cara da Dory de Procurando Nemo) – Fica vermelha não meu bem – Continuou – Somos cariocas, mas moramos aqui, eu sou Nívea, Patrícia minha namorada e esta figura aqui é o nosso mimo Carolzinha a mais nova da thurma! A digamos assim “virgem” no pedaço... rsrsrsr
(Carol) Nio, puts cara precisa falar assim?... Não sou nenhuma virgem e não tô aqui pra ser vendida... Que chato isso...
(Nívea) Ô bebe lindaaa... Só falo assim porque te amoo... Vai ... Relaxa! E você gata, parece conhecer todo mundo né?
(eu) Gosto muito daqui, é o ponto de encontro da galera, às vezes paramos aqui só pra começar a noite e outras pra relaxar e curtir uma boa musica.
(Pati) Bem, como eu tenho certeza que seu objetivo aqui certamente não é usar o banheiro, vou deixar vocês terminarem o papo e ir para meu pipi básico... Por que não aparece em nossa mesa pra terminamos a conversa?
(Carol) Não acho que seja uma boa ideia, não viu que ela deve está esperando alguém? Vocês duas não tem jeito...
(eu) Epa! Calma... Estou esperando uma amiga, combinamos aqui, mas até agora ela não apareceu e se não for te incomodar eu irei adorar sentar com vocês... O que acha?
Nem deu tempo de terminar quando Nívea e Fernanda disseram juntas que achava ótimo e foram empurrando a Carol para dentro do banheiro... E eu que realmente não estava nem um pouco a fim de usar o banheiro voltei para a mesa dos meus amigos e contei o que tinha rolado.
Quando a vi voltar, sentir algo diferente... Tinha vontade de coloca-la no colo... Sentir seu corpo e enchê-la de carinho... Não era como as outras que quando eu via logo tinha vontade de ir pra cama, e no outro dia um simples tchau e nada mais.
Ao me despedir dos meninos coloquei o celular na mochila e fui em direção a ELA! (aqui imaginem a cena com Ana Carolina cantando... É dessas mulheres pra comer com 10 talheres. De quatro, lado, frente, verso, embaixo, em pé. Roer, revirar, retorcer, lambuzar e deixar o seu corpo... PAROU AQUI) devia ter seus 25 anos, mais alta que eu... Lá pelos um metro e setenta, cabelos compridos até a cintura, castanhos escuros, a pele... Um tom de mel... Parecia que havia saído da praia... E a boca? – Meu Deus! Se eu tivesse que compara-la a alguém diria que a garota é a cara da Cléo Pires, só que estava ali na minha frente e eu não sabia exatamente o que fazer...
(Pati) Chegou quem estava faltando! Vai sentar ou vai ficar ai a noite toda babando e olhando para a Carol, Mali? – (risos)
(eu) Este é um grande jeito de deixar as pessoas à vontade, Nanda... Bem legal da sua parte – (Novamente minha cara de Dory)
(Nívea) Liga não Mali, relaxa... A única pessoa séria desta turma é a Carol, e este aqui é o Sergio, nosso amigo e companheiro!
(eu) Olá companheiro Sergio... Ao lado de três lindas mulheres você deve se sentir privilegiado, não é verdade? – disse tentando descontrair...
(Sergio) Magina gata, você juraa? Estas rachas só me dão trabalho, eu queria mesmo era está com meu bofe, mas aquele bandido me deixou, dizendo ele que está na casa da mãe no interior... E ele jura que eu acredito nisso. – Riu me beijando.
(eu) Amigo, hoje a noite promete e se for o caso bofes lindos virão te conhecer, basta apontar para qualquer um e vamos vê no que dá!
(Sergio) Adorei estrelaaa...amei você!
Trocamos mil e uma informações a respeito de cada um de nós, trabalho, estudo, família e relacionamento. Fui obrigada a contar por alto que havia acabado uma relação fazia pouco tempo, e acabei sabendo que Carol também havia terminado com o seu “namorado” e estava disposta a conhecer uma mulher...
(eu) Desculpa anjo, mas você nunca foi para a cama com uma mulher, e agora apenas por ter terminado com seu namorado você planeja fazer isso?
(Carol) Todas tentam arranjar uma desculpa, a minha foi esta...
Era impressionante como ela parecia ter mais experiência do que falava ter, sua sensualidade natural deixava qualquer mulher louca... A cada palavra sua, ou gesto eu ficava mais entorpecida... Decididamente não era eu. Lá pelas tantas levantei para ir ao banheiro, pedi licença e sair. Quando passei pelo bar senti outro fuzilamento, Baby estava a minha espera...
(Baby) Qual é a sua Mali, comigo você não quer ficar, mas com aquela sem graça você está se derretendo toda... Francamente esperava mais de você!
(eu) Baby, quem não está entendendo sou eu, não temos nada e saímos apenas por diversão, por que está agindo assim...
(Baby) Diversão? É assim que você chama o nosso caso? De diversão? Como fui estupida em pensar que você um dia me levaria a sério, esperei este tempo todo por você, e agora que acabou com a Cléo achei que eu tinha uma chance... Mas já vi que você não quer nada mesmo... Eu é que me iludi – E saiu com lágrimas nos olhos sem me dar uma chance de dizer qualquer coisa que amenizasse aquela situação.
Entrei no banheiro ainda chateada com tudo aquilo, sinceramente não sabia dos sentimentos de Baby. Foi então que ouvi um chamado de Carol – Mali, você está ai? Você deixou seu celular em cima da mesa e tocou por duas vezes, achei que pudesse ser importante e resolvi traze-lo.
Cinco minutinhos antes e ela teria visto a cena com a outra – Ufa!
(eu) Um minuto linda, já estou terminando!
Sai e peguei o celular da mão dela, tinha sido a Vitória que havia ligado, retornei a ligação ali na frente dela, ouvi o que a Vi tinha para dizer desliguei o celular olhando o tempo todo pra ela... Esperei para sentir se haveria alguma rejeição e a encostei na parede... – Posso? –
Perguntei olhando pra sua boca... – ouvi apenas – DEVE!
Um beijo pode ser descrito de varias formas, mas aquele beijo não tem descrição, posso falar das reações do meu corpo, mas também sei que não faria jus ao que eu de fato sentir! Estava novamente apaixonada. Saímos do banheiro somente com sorrisos nos lábios, nada mais importava, peguei sua mão e de fato desfilamos de volta para mesa sentindo os olhares de curiosidade das meninas que me conheciam e que queriam saber quem era ela.
De volta à mesa, ouvimos todos os comentários sarcásticos e engraçados de Nívea, Patrícia e Sergio que aquelas alturas já se encontrava com um “bofe” na mesa.
(Nívea) Bebe, sem arrodeio, conte-me qual foi à sensação? Afinal a moça aqui parece ser disputadíssima... Quero logo saber, diga antes que eu tenha um colapso nervoso menina... rsrsrrsrs
(Carol) Minha querida amiga, você já ouviu com certeza alguém dizer que segredo é a alma do negócio, neste caso, o segredo vai ser a alma da nossa relação! – E rindo, pegou na minha mão buscando uma afirmativa com os olhos e eu é claro, disse sim. Às quatro horas da manhã já não havia quase ninguém no bar Fernanda e Debora sentaram a mesa e conversamos um pouco... Pedi a conta e me ofereci pra levar Carol em casa. Todos estavam satisfeitos com a noite e queriam seguir para outro barzinho que oferecia variadas comidas àquela hora. Nós decidimos caminhar pelo calçadão da praia e nos encontrar depois com o pessoal.
Quando chegamos ao meu carro...
(eu) Tem certeza que não quer ficar com suas amigas? Para mim não há problemas...
(Carol) Tenho certeza, e tenho certeza também que quero você, quero te conhecer e quero você pra mim.
Sem receios ela me puxou para perto dela e como se já soubesse os próximos passos foi devagar descendo o banco até que eu estivesse completamente sobre seu corpo. Tentei ser mais calma e carinhosa, mas não era o que ela queria, ela passeava a mão pelo meu corpo - o que me deixava ainda mais excitada – e sugava minha boca com ferocidade. A temperatura no carro começou a ferver, minhas mãos tocavam seus seios e minha boca não largava a sua, como uma serpente se contorcendo ela conseguiu me colocar em baixo, sentando-se em meu colo. Com um olhar lindo e penetrante começou a desabotoar a blusa... Seu colo suado brilhava a luz do refletor do lado de fora... Com habilidade tirou o sutiã de renda prata e se deitou sobre meu corpo... Meu coração estava a mil, primeiro que eu não acreditava que dois raios cairiam sobre a mesma cabeça! A minha - e segundo porque estávamos num estacionamento no meio da rua... Mas foi apenas um lapso de tempo... Porque quando ela pegou a minha mão e levou para o meio de suas pernas, que eu pude sentir o quanto ela estava molhada, e ao toca-la – Ouvir seus urros de prazer – nada mais me passou... A fiz gozar uma, duas três vezes...
Quando por fim acabou, ela olhou pra mim completamente suada e sussurrou ao meu ouvido – Tive certeza que seria com você... Agora quero uma coisa que você não vai poder me negar...
Eu fiz uma cara do tipo que já sabia o que ela queria e a trouxe mais perto de mim e disse: - Não será aqui e nem agora... Teremos todo o tempo do mundo...
ENTÃO FOI ASSIM. FIM! PARTE 3
Sábado... Sol quente de fevereiro e eu em casa, morta!
Pernas doíam e aquela leve dorzinha de cabeça, tudo contribuía para que eu continuasse na cama...
(Marlene) Acorda gatinha, são 11:30 da manhã e eu estou com unhas corroídas de tanta ansiedade para saber como foi a noite... Eu não sei se é para saber ou te dizer os babados que rolaram noite passada... Maria Alice, minha filha... Acordaaa pelo amor de Jah!
Aquela mania que Marlene tinha de pular o muro e entrar pela porta dos fundos que eu sempre esquecia aberta me estressava...
(eu) Amiga, não grite... Tudo em mim dói, seja paciente... Nada do que você tenha para contar me fará levantar desta cama.
(Ma) Não mesmo? E se eu te disser que a peçonhenta veio até mim garotinha, chorar e desabafar e dizer o quanto lamenta ter brigado com você porque – com um dedo na cabeça indicando que não se lembrava de nada... Ela olhou para mim como se esperasse minha reação – Ai acho que vou voltar pra casa, você precisa descansar...
Dei um pulo da cama, sentando e olhando para ela quase que a fuzilando por saber que ela já esperava esta reação.
(eu) Vamos lá Ma, você já sabia que me aguçaria, agora pare de me infernizar com este discurso e manda bala...
Imediatamente, Marlene trouxe a garrafa de café, os cigarros e se aconchegou numa parte da cama...
(Ma) Garotinha, o babado foi fortíssimo, eu estava com Sandra à vizinha do lado, sentada na calçada, de repente só ouvi o estardalhaço do portão da casa dela, quando eu olhei, ela já estava aqui na porta, quando viu que você não estava olhou pra mim com aquela arrogância de sempre e questionou se eu sabia se você iria sair depois do trabalho... Eu educadamente, porque você sabe né amiga, sou uma mulher fina... Bem, respondi que você tinha um aniversário para ir como pessoal do trabalho... Vai que ela fosse lá no Aquariun´s te procurar...
(eu) Sim... Prossiga!
(Ma) Calma garotinha... Solicita como eu sou sempre, perguntei se ela precisava de alguma coisa... Daí quase como um apelo ela perguntou se eu podia ficar com ela na casa dela, pois tinha comprado umas cervejinhas e não queria beber sozinha... oxe, na hora... Prontamente me levantei, dei um xauzinho pra Sandra e fui com ela...
(eu) Ma, quer fazer o favor de pular os detalhes e ir logo onde interessa...
(Ma) E perder os detalhes sórdidos, nem pensar... risos... Sentamos e ela abriu logo um litrão, nem pestanejou, olhou para mim e disse: - Ela está no Aquariun´s né? Eu disse – não menina, ela me disse que iria num aniversário da chefe dela ou algo assim, sei que é de um grandão... Quando terminei o segundo copo... Amiga esta menina desatou a chorar... Disse que te amava mas que era difícil de viver contigo, pois você era muito assediada e ela não suportava esta tua popularidade, queria morrer cada vez que suas amigas vinham te beijar...enfim, o que ela sempre fala e o que eu sempre te disse que se ela sentia algo por você isso se dividia entre amor e inveja...
Parei para pensar no que havia escutado e ri... Me joguei de corpo inteiro na cama, continuei rindo e disse: - Ma, só lamento por Cléo, passou o tempo dela e agora o nome da atriz principal da minha novela se chama Carol, sem te falar que ontem foi o dia mais pirado da minha vida mulher... – contei a ela o que havia acontecido desde o trabalho até o final da noite com Carol.
(Ma) Babado! Jura? Criatura e a tal do trabalho como vai ficar?
(eu) Isso eu resolvo na segunda-feira, ate lá ainda tem muitas coisas para colocar em dias, roupas pra lavar, casa pra organizar, corpito pra tratar e uma mulher deliciosa para...
(Ma) Pode parar por ai mesmo, não preciso de detalhes... Quer dizer então que a outra é caso passado? Ham ham ...sei, quero vê quando ela bater aqui na porta.
Sem adivinhar a situação, ouvimos um batido na porta e quando fui ate lá era ela. Cabelos preso em rabo-de-cavalo, um vestido bege transparente e solto, em pé a me olhar, suas mãos cruzadas abaixo dos seios e um olhar triste que me dizia que ela não vinha para a guerra, mas sim tentar salvar aquilo que havia perdido na noite anterior.
(Cléo) Podemos conversar?
(Ma) Estou saindo garotinha, nos vemos mais tarde... juízo! Para as duas hein!
(eu) Entra, acabei de acordar. Você quer um café? Marlene trouxe da casa dela – fiz menção de ir buscar uma xícara enquanto ela entrava... a vi fezer sinal que não com a cabeça.
(Cléo) Não, preciso dizer logo o que vim dizer antes que eu perca a coragem. – continuou em pé, olhando para mim enquanto lágrimas rolavam do seu rosto – Mali... Sei que não sou e nem estou certa cem por cento do tempo, mas sei que o que sinto por você é maior do que eu, embora lute o tempo todo contra este sentimento, sei que você não precisa passar por isto e também sei o quanto você lutou por nós duas... Mas sou ciumenta, sou insegura e tudo que eu faço é levado por um impulso egoísta, penso só em mim na maior parte do tempo, mas sou assim, quem disse que temos que ser certos o tempo todo? E, além disso, você não ajuda, por onde andamos há sempre mil mulheres dando em cima de você e você com este jeito de piranha – me olhou confusa – sim, este seu jeito de piranha, nunca diz nem que sim e nem que não... Deixando todas na fila de espera, eu não sei como lidar com isso... Fico sem saber se o que você faz é só ser educada ou se está preste a me dar um pé na bunda e cair na gandaia – sentou no sofá a minha frente, colocando as mãos no rosto e soluçou – eu já não sei mais o que fazer, me sinto tola, perdida e principalmente confusa! Me ajuda por favor!
“Exatamente aqui e neste momento ao escrever estas linhas me sinto no Rio São Francisco mergulhada entre cardumes de piranhas”
Procurei me refazer do cardume de palavras, procurei manter a calma dando um tempo para pensar no que iria falar, enquanto a olhava fiquei imaginado todos os momentos de paz e amor, do tipo hippie, que passamos... Foram lindos de fato, mas agora a única coisa que eu via era uma mulher descontrolada e apática na minha frente... Caramba! Tinha de fato acabado e eu não tinha me dado conta, e eu não sabia o que dizer... Tateando as palavras comecei – Cléo – limpei a garganta – você esta coberta de razão, eu não sou mulher para você, tenho muitos defeitos e que não são fáceis de conviver, o que posso te dizer? Sou assim e não vou mudar, se você me vê como uma piranha porque trato bem todas as pessoas eu não vou mudar, lamento por isso. O fato é que tudo que vivemos foi bom, mas acabou não suporto mais este vai e vem, esta oscilação de humor que acaba sempre em brigas...
(Cléo) Chega! Pare de usar esta capa de boa menina para cima de mim, você conheceu outra pessoa não foi? Diga a verdade, seja mulher e assuma que não me quer mais, só não me faça de idiota... Conheço você o suficiente para saber que você tá cagando e andando para o que sinto neste exato momento, além do que o mundo em que vivemos é pequeno demais para eu não saber do que se passou na noite passada, alias além de ser pequeno suas comidinhas de mau gosto tiveram o prazer de me ligar e me manter informada de suas novas conquistas...
Olhei meio que aturdida, e só me veio à cabeça Baby! E ela continuou como se tivesse lido meus pensamentos...
- Isso mesmo Mali, Baby fez questão de me ligar para perguntar se o nosso termino era de fato real, para me dizer o quanto você parecia feliz ontem e para me propor uma parceria, olha que idiota aquela mulher, uma parceria para... Deixa eu vê o que foi que ela disse mesmo? Ah! Jogar um balde de agua fria na sua nova relação... Eu realmente mereço isto, ter aquela cachorra me ligando para me dizer o que disse, mas eu estou aqui, e o que vim te propor é esquecer tudo o que passou e voltarmos, por favor, pensem e me diga, pois depende de você a minha ida ou não para o Rio de Janeiro, e com certeza nunca mais voltaremos a nos vê ou nos falar!
Bingo! Baby... Filha da mãe, por esta ela me paga... Mas eu nem sabia o que dizer, tentei ser o mais cortês possível e não deu certo. O que fazer ou dizer nesta hora? Escutei o telefone tocar e pedi licença a ela para atender...
(Carol) Oi amor, posso passar ai pra te pegar agora?
(eu) Oi princesa, estou terminando de resolver um problema, deve levar mais algumas horas, assim que terminar eu te ligo... Vá à praia com as meninas e no final da tarde nos falamos ok?
(Carol) Algo que eu possa te ajudar? Se for o caso, dispenso as meninas e fico com você...
(eu) Não anjo depois conversamos tá? Beijos linda – Ao desligar o telefone sentir as mãos de Cléo sobre meu ombro, cheguei a sentir um calafrio de tão assustador. Continuei sentada de costas pra ela quando senti seu hálito quente em torno do meu pescoço, continuei parada enquanto ela mordiscava minha orelha... Suas mãos se apoiaram na cama e em seguida puxaram meu corpo para perto do seu... Fiz menção de parar a situação, porém foi mais forte que eu, quando finalmente me virei para vê-la seu corpo estava nu. Sua pele clara contrastava com os lençóis escuros. Naquele momento eu já não sabia qual seria o próximo passo, se aquilo era certo ou errado, apenas me entreguei as suas caricias que eu conhecia tão bem, o encaixe perfeito! Seus gemidos inesgotáveis me desconcentravam... Era como a música que elevava o ritmo dos nossos corpos nus. Parecia algo sincronizado, ouvir as batidas do seu coração enquanto ela subia e descia apoiando suas pernas entre as minhas. Pronto era ali e exatamente naquele segundo que o mundo podia acabar que eu não estava mais nem ai pra nada!
Quando sentir seu gozo finalmente acabar e sua cabeça cair sobre meu colo, pensei em falar, mas dizer o que? Mil e uma palavras, frases e conjecturas estavam passeando pela minha cabeça, mas nenhuma delas tinha coragem de passar pela minha boca. Esperei quieta se ela diria alguma coisa... Nada! Ficamos ali paradas cerca de uns dez minutos, foi quando ela levantou a cabeça e me olhou com “aquele olhar” que só nós duas entendíamos – fiz que não com a cabeça – ela riu e continuou subindo. Uma das coisas que eu mais amava em Cléo era seus olhos, com os olhos ela me dizia tudo sem precisar falar nada, ela sabia o que eu gostava na cama, ela aprendeu direitinho absolutamente tudo e com aquele olhar eu já sabia o que vinha pela frente.
Seu corpo engatinhava sobre o meu enquanto seus seios passavam pelo meu corpo e subiam... Eu deitada sob ela me deliciava com cada pedacinho que me era apresentado conforme ela subia... Primeiro sua boca, lentamente seus seios e em seguida sua barriga, tudo se passava lentamente enquanto eu acariciava seu corpo e a tocava com a língua. Suas mãos se apoiaram com delicadeza na parede e por fim suas pernas se acomodavam em frente a minha face... Bem não tenho mais condições de continuar descrevendo os fatos que sucederam em seguida, isto me remete a outra parte da história. (risos)!
Ao terminarmos, senti Cléo se aninhar em meu braço e me olhar de forma neutra, eu não sabia o que ela ia dizer, apenas sabia que de um jeito ou de outro o que vivemos havia acabado ali.
Não precisou de muitas palavras, ela se vestiu me abraçou forte e saiu me desejando felicidade... Não tenho noticias dela até hoje. Já fazem uns 3 anos..
MULHERES SEMPRE CHORAM DEMAIS - PARTE 4
A saída de Cléo me deixou pensativa... Finalizar relações nunca foi meu forte, sempre tive problemas com isso, ver alguém chorar definitivamente me remetia ao passado.
Dez anos atrás...
[Minha mãe] Mali... Mali! Cheguei filha... Onde você está? Maliii. Você e esta mania de largar suas roupas pelo sofá, até calcinha? E sua irmã? Onde será que anda estas meninas? Meu Deus, que barulho... Você sabe que eu odeio este som alto Mali, tem cabimento isto? A vizinhança depois vem me cobrar que vocês fazem uma boate em casa quando não estou...
Enquanto isto no meu quarto...
O som alto, a cortina meio fechada deixando uma penumbra no quarto... Nós riamos e continuávamos nos beijando, a cama depois de horas de amor não havia mais um lençol... Tudo estava espalhado pelo chão.
[Mel] Nossa menina, para uma garota de 16 anos você me parece bem espertinha, estou morta... Nem sei o que dizer quando eu chegar, ainda bem que o Gustavo só voltará para casa lá pelas oito... Tempo suficiente para eu me reanimar – Ela falava e ria como se estivesse contando uma piada muito engraçada – Além disso, já passa das seis e sua mãe deve estar chegando. Tenho que me vestir ou seremos pegas em flagrante!
[eu] Ham, ham... Eu que o diga, ah Mel fica só mais um pouquinho vai, minha mãe chegará mais tarde hoje e Malu deve está na casa da amiga dela de faculdade vai chegar mais tarde também... Só um pouquinho vai? Afinal esta é a primeira de muitas que quero está com você minha P R O F E S S O R A + H E T É RO + B A L Z A C A + P R E F E R I D A – ao terminar de soletrar olhei para ela e rimos deliciosamente...
[Mel] Ah é? Aprendeu bem o termo balzaquiana mocinha... Só não achei que fosse usar comigo...
Mel foi a primeira mulher que me fez descobrir que algo em mim era diferente das outras meninas, não me via sentada nas escadarias do colégio olhando e falando sobre os garotos, eu gostava de ler poesias eróticas e conversar com a maioria dos professores sobre assuntos diversos. Na aula dela eu sempre era a primeira a entrar e a ultima a sair. Quando a via em algum lugar que não a sala de aula sempre dava um jeito de me aproximar perguntando sobre um assunto que eu fingia não ter entendido ou sobre algo sem propósito como que tipo de shampoo ela usava... Sempre me sentia ridícula.
Um dia ao sair do colégio, ela parou com seu carro na minha frente e perguntou para onde eu iria, quando eu disse o endereço logo descobrimos que erámos vizinhas e dai por diante sempre que podíamos víamos e voltávamos juntas para casa. Mel não era uma mulher bonita, mas era muito charmosa. Em suas aulas de história da arte ela fazia questão de mostrar slides com pinturas greco-romanas de mulheres nuas, eu delirava... Como eu ficava no centro da sala e em frente à mesa dela por varias vezes me peguei abrindo as pernas e deixando a silhueta da minha calcinha transparecer e quando eu olhava, ela sempre ficava vermelha, pois me deixava perceber que também tinha reparado a cena.
Neste dia, eu tinha me decidido, teria de qualquer jeito algo com ela. Já tinha lido matérias em revistas sobre varias mulheres que haviam se declarado lésbicas, que afirmavam serem felizes e realizadas com aquele modo de vida, mas eu só tinha 16 anos e nenhuma experiência no assunto. Certo que já havia brincado com algumas colegas quando eu tinha uns dez, mas eram apenas uns beijinhos tímidos que dávamos escondidas atrás da porta da sala da casa de minha mãe. Quanto aos meninos, ai os meninos! O Alfredinho era o único que eu deixava pegar na minha mão, pois ele era o único que não avançava nenhum tipo de sinal... Ele adorava vídeo game e eu adorava brincar com a irmã dele de “papai e mamãe” – aqueles beijinhos...
Enfim... Saí de casa pela manhã esperei para ver se ela viria me pegar e nada. No meio do intervalo, a vi sentada na cantina conversando com umas alunas e dei um “oi” meio tímido, comentei se haveria aula e ela cordialmente me disse que sim, me afastei e fui em direção a sala. Quando entrei não havia ninguém era apenas eu e quarenta cadeiras ao meu redor. Peguei o caderno e escrevi: “Preciso falar com você hoje depois da aula. Pode me levar para casa?” e coloquei debaixo da caixa de giz. Fiquei ali sentada, imaginando o que faria para fazê-la entrar em minha casa, subir até o meu quarto e sentar em minha cama... Minha cama? Ai Deus... Esqueci de arrumar! Tudo bem, detalhe pequeno, daria um jeito! Quinze minutos depois, a turma já estava na sala e ela em minha frente com uma saia preta e justa acima dos joelhos, uma blusa bege de mangas compridas e aberta na frente o que deixavam seus seios realçados e um coque alto nos cabelos... Aliás, eu nunca a via visto sem aquele coque no cabelo, talvez fosse por isso que eu não a achasse tão bonita assim.
[Mel] Bom dia senhores e senhoras, espero que tenham gostado da aula anterior! Hoje vamos falar um pouco da história grega, mais precisamente sobre a ilha de Lesbos, na Grécia. A palavra lesbian vem do latim lesbius e originalmente referia-se somente aos habitantes. A ilha foi um importante centro cultural onde viveu a poetisa Safo, entre os séculos VI e VII a.C., muito admirada por seus poemas sobre amor e beleza, em sua maioria dirigidos às mulheres... Abram no capítulo doze, página...
- Meu Deus! Ela sabia? Era isto? Ou não? Aquele assunto... Exatamente àquela hora, por quê? E se soubesse o que ela estaria pensando de mim? – fiquei sem ouvir uma única palavra à aula inteira... Quando ela terminou marcou um teste para revisar as aulas anteriores e dispensou a turma. Todos saíram e como de costume eu esperei.
[Mel] Mali, vi seu recadinho... Algum problema grave?
- Não – disse meio desajeitada – gostaria de conversar com você, mas não aqui, tem um tempo para mim? Poderíamos comer alguma coisa na minha casa, estou faminta e minha mãe preparou uma salada deliciosa... Você quer me acompanhar?
[Mel] Me deixa vê aqui na agenda o que tenho para hoje! – depois de uns segundos que pareceu horas ela finalmente respondeu – bem acho que não tenho nada que não possa adiar para poder saborear esta deliciosa salada feita por sua mãe. Vamos então?
No carro ela foi me perguntando como andavam as coisas, meio que sondando se havia algo importante por trás daquele bilhete. Perguntou se eu havia gostado da aula e eu respondi que sim, que havia sido bem interessante – mal sabendo ela que eu não havia prestado um só minuto de atenção – Quando avistamos o prédio que eu morava, ela estacionou e pediu que eu esperasse um pouco, pois iria ligar para o marido. Alguns minutos depois e lá estávamos nós entrando em minha casa.
Deixei que ela se sentasse e certifiquei que minha irmã não estava em casa, a levei para a cozinha e preparei uma leve refeição enquanto conversávamos...
[Mel] Então Mali, você enrolou, enrolou, mas até agora não me disse o propósito desta conversa... Algum problema na escola? Algo que eu possa realmente te ajudar? Estou ficando sem palavras já – sorriu.
[eu] Já terminou? Tem sobremesa... Você quer? – tentei disfarçar.
[Mel] Não, não quero. Quero saber por que estou aqui?
Ali já não havia mais escapatória, eu tinha que dizer o que realmente queria, então a convidei para a sala e nos sentamos no sofá novamente. Não sabia por onde começar... Nos olhávamos e eu não conseguia dizer uma única palavra. Era como se ela já soubesse o que eu queria, mas me dava a entender que se eu não tomasse a iniciativa ela continuaria fingindo inocência... Ela fez menção de falar e eu interrompi colocando minha mão em sua boca. Em seguida elevei até o seu cabelo... Lentamente desfiz o coque e soltei-o, deixando uma mecha correr para sua face... Olhando-me assustada ela segurou minha mão querendo me afastar. Era tarde demais para isto, sentei-me em seu colo olhando-a nos olhos, segurei suas mãos e as trouxe para meus seios. Em seguida desabotoei a camisa da farda tirando pausadamente para que ela não se assustasse ainda mais... Como se já soubesse que nada mais me deteria ela me ajudou a tirar a camisa e em seguida o sutiã e avidamente sugou meus mamilos que pareciam pêssegos em sua boca. Sem se importar com nada, deitamos no sofá... Suas mãos tocavam o meu corpo e com pressa me despia... Primeiro os sapatos e em seguida minhas meias, a saia e por fim minha calcinha que parecia ter sido lavada naquele momento. Ao me vê completamente nua em sua frente sorrio e disse: “achei que nunca iria chegar este momento”.
Cada toque de sua boca pelo meu corpo era como se eu estivesse levando pequenos e ternos espasmos de orgasmos, ela era suave e ávida ao mesmo tempo sempre procurando os locais mais secretos do meu corpo para me estimular... Quando finalmente percorreu minha virilha e se posicionou entre minhas pernas, fechei os olhos e tudo explodiu. Não sei por quanto tempo... Mas pareceu uma eternidade. Quando por fim acabou, não esperei que ela dissesse nada, a peguei pela mão e a levei para o meu quarto... Lá, deitei-a e fui até o raque e ligando o som... Alto e estrondoso... Quando me voltei para ela só se escutava “quem sabe ainda sou uma garotinhaaa... Esperando o ônibus da escola, sozinhaaa...” Me lembro de que quando comecei parei e lhe disse: - Não sei se vou chegar a sua altura, por ainda não saber totalmente o que fazer – no que ela apenas respondeu: - Quando não se sabe alguma coisa, imita-se! E passamos à tarde sem nos preocupar com nada.
[Mel] Tá bom, só vou ficar mais dez minutinhos e irei embora tá?
[eu] Serão os dez minutinhos mais felizes da minha vida...
Estávamos nuas na cama, ela deitada ao meu lado com a cabeça em cima do meu ombro (apesar de mais velha o que não justificava, eu era maior que ela e por isso era mais confortável e me deixava mais segura ela está em cima de mim... Quando a porta se abriu e minha mãe apareceu.
[Minha mãe] Mas o que é que está acontecendo aqui? E quem é esta mulher? Mali, o que você está fazendo, pode me explicar? – minha mãe não sabia se gritava se chorava ou se enfartava.
Nos levantamos rapidamente, e eu fui abaixar o som para poder entender melhor o que estava acontecendo. Em seguida peguei uma toalha no chão e dei a Mel para que se cobrisse e vestir meu roupão.
[eu] Calma mãe eu posso explicar, não precisa este alarde todo!
[Mãe] Como não? Explicar? Explicar o que? Que você é lésbica, que tem uma mulher na sua cama, uma vagabunda que não deve nem saber sua idade? Você vai explicar o que?
Olhei para Mel que chorava copiosamente e fiz sinal que não dissesse nada
[eu] Dá para manter a calma por favor? E pode sair para que coloquemos a roupa? Não quer que eu converse com você assim não é? – Falei ríspida com minha mãe para que ela mantivesse a calma. Ela olhou para nós e depois para mim com os olhos cheios de lágrimas e saiu batendo a porta do quarto. De dentro só ouvíamos seus rumores e praguejos! Quando finalmente me recuperei do susto olhei para Mel que acabava de se vestir... Fui em sua direção tentando acalma-la.
[Mel] Mali, minha vida está acabada... Se sua mãe descobre quem eu sou... Meu marido... Minha carreira... – Ela soluçava sem parar mal conseguindo terminar as frases.
[eu] Ei! Psiuuu... Não vai acontecer nada disso, confie em mim... você vai sair e não vai dizer nada, minha mãe louca do jeito que está nem deve ter visto você direito e o resto deixa que eu resolvo... Você está bem para dirigir? – ela disse que sim com a cabeça – Então vou te levar até a porta! Não se preocupe... Não vai acontecer nada ok? Vamos... Tenho muito que ouvir hoje, mas nada apagará o que aconteceu aqui, tudo bem?
Ao fechar a porta lá estava minha mãe... Falou por horas... Disse mil e um absurdos e praguejou até a minha última geração... Eu apenas a ouvia, acho que fingia ouvi-la e ao mesmo tempo sentia o cheiro delirante de Mel que havia ficado em minhas narinas... Quando minha mãe terminou e neste meio tempo minha irmã Maria Luiza também chegou, escutando as últimas barbáries de minha mãe, olhei para elas e disse:
- Sou Lésbica, acho melhor vocês se acostumarem com isso.
Acordei de meus pensamentos e fui para o banho... Realmente havia muito ainda por fazer.
ta é continua aonde?
ResponderExcluirQueria saber o resto...
ResponderExcluirVey isso daria um belo livro na moral nao li tudo mas as partes mais quentes do texto eu li e realmente picante, interessante e muito bom, muito bom mesmo sua historia...
ResponderExcluirAdorei a histori .. Gostaria de ler o restante como faço???
ResponderExcluirI'm Sonja McDonell, 23, Swiss Airlines Stewardess with 13 cities overseas, very tender with much fantasies in emergency cases in my wonderful job. I search girls in my towns & in my vacations, I'm flexibel in respect of lesbian sex & your ages. When you're virgin, I lick you only without to destroy your hymens. We must first talk, how we love it.
ResponderExcluirRegards
sonjamcdonell@yahoo.com