segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nasci fora do armário!



Quando eu tinha cinco anos “minha mami faz questão de lembrar até hoje isto” sempre fui pega brincando com minhas coleguinhas de Barbie e Suzi. O detalhe maior desta história era que as bonecas eram usadas para figurar os namorinhos entre nós pequeninas e inocentes. Mas enfim, uma destas tardes de brincadeira minha mãe me viu beijando na boca de minha colega e aquilo foi o fim! Eram meados dos anos 80 e isto repercutiu muito em minha casa, sendo filha única naquela época, me foram proibidas as "brincadeiras" a sós com qualquer criança da minha idade e nem em sonhos com uma maior. O que não adiantou muito porque fui crescendo e cada vez mais as minhas curiosidades iam aumentando.
Aos dez, eu já tinha um número razoável de amigas que me procuravam para as brincadeiras mais frequentes em minha casa: Médico, casinha, papai e mamãe, esconde-esconde... Humm essa era a minha preferida, sempre me escondia com uma amiga do tipo “favorita”. Este ano 1985 tive minha primeira paixão televisiva: Christiane Torloni, como Jô Penteado em A Gata Comeu... Nossa tinha sonhos com ela, ops! Corrigindo - ainda tenho sonhos com ela - numa versão mais original (risos) onde foi que parei mesmo? Ah tá meus 10 anos. E lá crescia eu em uma cidade pequena totalmente desinformada - Acreditem ate os meus 18 anos eu não sabia que existia a PALAVRA LÉSBICA, no interior o povo intitulavam os chulos: sapatão, roçona, coladora, isso quando não chamavam de rapariga mesmo...
Aff... Lembro que uma vez uma pessoa da alta pseudo sociedade foi pega na cama com a melhor amiga pela empregada, em menos de 24 horas toda a cidade ficou sabendo foi o ERROOO a coitada quis morrer e não parou por ai, menos de dois meses depois pegaram o marido dela com um cara, num rio próximo da cidade, então adivinhem????
Então resumo da ópera, eu podia ter cinco ou dez anos, ter maior idade ou não, e nem saber o nome dado pela sociedade de como são chamadas as mulheres que gostam de mulheres. O fato é que desde sempre eu sabia o que queria, embora mais tarde tenha me dividido, fato hoje solucionado. Por isso se você já teve estas experiências e hoje ainda continua dividida é sinal que você não quer enxergar o outro lado da FORÇA! Tipo assim...
Se não te faz mal, se te completa ser bissexual então vai em frente e seja feliz com sua escolha, mas se algo te incomoda quando está do lado ou na cama com um homem, meu bem, é hora de parar para pensar. De fato você pode ser lésbica. E se for seja bem vinda ao clube. Aceite a você mesma e a outras pessoas que estão ao seu redor.
Felicidade é nosso principal objetivo!

6 comentários:

  1. pra deixar comentarios basta logar com o mesmo email do orkut gente, naum precisa abrir um blog naum ...bjossss

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  2. moranguinho

    rapááá que histária de goby da porra é essa? o sangue corre na veia desde a barriga da mami ne safada? kkkkkk adorei
    quando eu ver a Crsti (ps: olhe a intimidade)só vou lembrar de vc kkkkk

    continue com as histórias pq essa sua "carreira opcional" é maravilhosa!

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  3. Amiga, adorei sua história e seu jeito de contá-las. Espero que continue escrevendo a todos com tuas histórias maravilhosas...rsrsrs. Em breve contarei da minha...vou tentar né?!?!rs. Te amo!

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  4. aaaaaahhhh... minha namorada era o ken quando brincava de bonecas...rsrs...

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  5. Saí do armário com 15 anos, a primeira pessoa que contei foi para uma namorada de minha tia e ela riu e disse que sabia que eu não teria escapatória eu pulei do choro para a gargalhada, pois ela me fez ver que isso é legal e só senti felicidade depois de eu me aceitar. O próximo passo foi contar pra minha mãe ela ficou com receio da família cair matando então ela aceitou... hoje eles me cobram se namoro e não levo pra conhecerem. É muito estranho e divertido, já meus amigos enrrustidos, deliram com esse jeito da minha família e ficam torcendo para a deles ser assim também. Mas eles acabam adotando a minha minhas tias adoram o humor deles e acabam acolhendo toda a galera ao ponto de sairem juntos kkkk, já até sobrei algumas vezes nessa roda.

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  6. Falar da mulher e, da mulher de 30 anos, me remete a A Mulher de Trinta, de Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos. ‘Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (…) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer’.

    Mas voltemos a nossa mulher de 30, a mulher de 30 é morena. Quando resolve fazer a besteira de tingir os cabelos de amarelo-hebe passa, automaticamente, a ter 40. E o que mais encanta nas de 30 é que parece que nunca vão perder aquele jeitinho que trouxeram dos 20. Mas, para isso, como elas se preocupam com a barriguinha!e outra coisa só as mulheres de trinta entendem porque é bom ter cinco pares de sapato preto ...ir ao ginecologista e fingir naturalidade...e por ai vai

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